Bombeiros, policiais civis e militares entram em greve
Paralisação começa às 0h desta sexta-feira e foi decidida em ato na Cinelândia, no Centro do Rio
FLAVIO ARAÚJO, GABRIELA MOREIRA, RICARDO ALBUQUERQUE
Paralisação começa às 0h desta sexta-feira e foi decidida em ato na Cinelândia, no Centro do Rio
FLAVIO ARAÚJO, GABRIELA MOREIRA, RICARDO ALBUQUERQUE
Desde a tarde de desta quinta-feira, a Cinelândia concentrou milhares de servidores
Foto: Carlo Wrede / Agência O Dia
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Os bombeiros, policiais civis e
militares entraram em greve geral na noite desta quinta-feira. A decisão
foi tomada durante assembleia na Cinelândia, no Centro do Rio. Segundo o
comando do movimento, a greve é por tempo indeterminado. Cerca de três
mil pessoas participaram do ato.
Os líderes do movimento garantiam que haveria greve caso algum item da
sua pauta de reinvindicações não fosse atendido pelo governo. Eles pedem
a libertação do cabo Benevenuto Daciolo, preso no fim da noite de
quarta-feira, auxílio-transporte e alimentação de R$ 350, piso salarial
de R$ 3.500 e jornada de 40 horas semanais.
Policiais ficarão nos quartéis
Os policiais militares, inclusive os de folga e férias, prometeram
ficar, a partir de hoje, nos quartéis e só atender emergências, com no
máximo 30% do efetivo. Presidente do Sindicato dos Funcionários da
Polícia Civil, Fernando Bandeira, orientou a população a ficar em casa.
Na Civil, somente a Divisão de Homicídios funcionará 100%. As demais
unidades vão atender apenas casos emergenciais, como liberação de guias
para remoção de cadáver e flagrantes de roubo.
“Enquanto o governo não negociar um plano de cargos e salários, vamos
continuar de braços cruzados”, prometeu o presidente do Sindicato dos
Policiais Civis, Carlos Gadelha.
No caso dos policiais militares, a estratégia é irem todos para as
unidades para evitar prisões de parte do efetivo. Em junho do ano
passado, 437 bombeiros e dois PMs foram detidos após invasão ao
Quartel-General dos Bombeiros, na Praça da República, no Centro.
“Se prender um, vão ter que prender todo mundo”, discursou, durante a
decretação do movimento, o cabo PM Wellington Machado, do 22º BPM
(Maré), um dos líderes grevistas.
O Dia Online/montedo.com
Em caso de greve, Exército trará 14 mil homens para o Rio, diz Simões
Secretário de Defesa Civil diz que já tem plano de emergência.
Segundo ele, todo efetivo do Corpo de Bombeiros está de prontidão.
Carolina Lauriano
Uma reunião com representantes da Segurança Pública do Rio e do governo
federal, nesta quinta-feira (9), no Comando Militar do Leste (CML),
decidiu que, em caso de greve dos militares, o Exército disponibilizará
cerca de 14 mil homens e a Força Nacional atuará com cerca de 300 homens
para a segurança no estado. A informação foi dada pelo secretário
estadual de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros do Rio,
coronel Sérgio Simões, durante entrevista coletiva concedida nesta
tarde, no Quartel General da corporação, no Centro da cidade.
Segundo ele, o plano prevê que os 14 mil homens do Exército façam o
policiamento no estado, enquanto os 300 homens da Força Nacional
auxiliem no trabalho dos bombeiros, em caso de paralisação dos
servidores de segurança do estado.
Além disso, segundo o coronel, o próprio Corpo de Bombeiros já colocou
todo o efetivo de prontidão. "A partir de hoje não temos mais efetivo
administrativo funcionando. Todo o efetivo administrativo passa para
prontidão, para serviços de socorro para garantir que a vida no estado
do Rio de Janeiro vá se manter normal", afirmou Simões.
Simões disse ainda que todo o planejamento do carnaval está pronto, com
efetivo próprio da corporação. "Setecentos bombeiros eu vou manter em
posições estratégicas. O efetivo administrativo, com cerca de 2 mil
homens, vai ser dividido", explicou.
G1/montedo.com
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