terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Veto de Dilma abre brecha para desvio de verba em obras públicas

Na sanção da LDO, presidente vetou artigos sobre tabelas oficiais utilizadas pela Caixa e pelo Dnit como referência de preços em obras

Em ano eleitoral, a presidente Dilma Rousseff (PT) abriu uma brecha para afrouxar o controle sobre custos de obras públicas em 2014, ano em que pretende acelerar a entrega dos serviços antes de ser impedida pela lei eleitoral de participar de inaugurações, que geralmente são transformadas em comícios. A medida preocupa órgãos de controle como o Tribunal de Contas da União (TCU) e também pode ser contestada no Legislativo.

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No documento em que sanciona a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2014, Dilma vetou artigos que definiam tabelas oficiais, mantidas pela Caixa Econômica Federal (CEF) e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), como referências de preços para projetos de construção civil e rodoviários, respectivamente. Essas regras foram transpostas para um decreto presidencial editado em abril, que pode ser alterado pelo Planalto a seu critério, sem autorização do Legislativo, e que só vale para o Executivo. É a primeira vez em 14 anos que os parâmetros de precificação de obras públicas não constam da LDO.
Por se tratar de um veto, a medida pode ser derrubada pelo Congresso, em sessão conjunta após o recesso. Mas isso é considerado improvável: é preciso o apoio de 257 deputados e 41 senadores, em votação aberta, e o governo mantém ampla maioria na Câmara e no Senado.

Transparência Política

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