Brasília – A devolução de dois contêineres, retidos no Porto de Suape
em Pernambuco, com lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos foi adiada,
informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O envio das 46 toneladas de tecidos hospitalares estava marcado para o
próximo sábado (7), mas foi postergado para o dia 21 por falta de
documentação. De acordo com a Anvisa, a companhia marítima alemã Hamburg
Süd, responsável pelo transporte dos contêineres ao Brasil, solicitou a
emissão de documento pelas autoridades alfandegárias ou do Departamento
de Segurança Interna dos Estados Unidos avalizando o retorno da carga.
A alfândega do Porto de Suape encaminhou, conforme a Anvisa, o pedido
aos órgãos norte-americanos. A empresa Na Intimidade, importadora do
lixo dos Estados Unidos, vai arcar com os custos da devolução.
A empresa declarou às autoridades brasileiras que a carga tinha tecidos
de algodão com defeitos. No entanto, a Vigilância Sanitária encontrou
lençóis com marcas de hospitais norte-americanos sujos de sangue. Os
contêineres estão retidos no porto desde outubro, quando a fraude foi
descoberta.
Além da devolução, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária
(Apevisa) determinou a incineração de 50 toneladas do lixo importado –
material que estava no depósito da empresa e vendido na região. Ainda
não há data para a incineração, segundo a agência.
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