sábado, 21 de janeiro de 2012

Navio com lixo hospitalar deve deixar Porto de Suape às 21h

Vai demorar mais um pouco até os dois contêineres com lixo hospitalar deixarem Pernambuco de volta aos Estados Unidos. O navio Cap Irene, que estava previsto para deixar o Porto de Suape às 15h, só deixará o estado às 21h, confirmou há pouco a assessoria de imprensa do porto.
As 46 toneladas de lençóis, toalhas, batas e seringas usadas - que tinham identificação de hospitais norte-americanos - chegaram ao Recife em outubro do ano passado. O material, que foi apreendido, tinha como destino uma empresa do polo têxtil de Santa Cruz do Capibaribe, município do Agreste de Pernambuco.
Além dos dois contêineres com lixo hospitalar, o Cap Irene leva outros 2,8 mil contêineres com cargas diversas. Como o lixo hospitalar fica separado, não existe risco de misturar os objetos ou contaminação. De Suape, a embarcação irá para o Porto de Santos (SP). Depois seguirá para a Argentina.
Só depois destas duas escalas é que o navio rumará para seu destino final: o porto de Charleston, na Carolina do Sul. A chegada só acontecerá em fevereiro. “Estaremos acompanhando a carga quando ela for recebida nos Estados Unidos, e faremos nova perícia no material”, disse o chefe da polícia de imigração da alfândega nos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Gonzales.
O embarque realizado no início da manhã deste sábado deveria ter acontecido no último dia 7. Mas a companhia Hamburg Süd, responsável pelo transporte dos contêineres, pediu uma documentação complementar emitida pelo departamento de segurança interna dos Estados Unidos.
A devolução tinha sido autorizada pela Alfândega em dezembro. A empresa Na Intimidade, que importava o material para fazer forro de bolso, é a responsável pela devolução e pelos custos.

Entenda o caso
Em 11 de outubro do ano passado, o primeiro contêiner foi encontrado pela Receita Federal, no Terminal de Contêineres de Suape, com 23,3 toneladas de lençóis sujos, além de seringas, luvas, catéteres, drenos e outros objetos hospitalares usados em instituições de saúde norte-americanas.
O segundo lote foi localizado no dia 13, com o mesmo peso. Lençóis, fronhas, toalhas de banho, batas, pijamas e roupas de bebê com identificação de diversos hospitais norte-americanos foram encontrados. A documentação das cargas dos dois contêineres apreendidos, apresentada na alfândega, indicava se tratar de “tecido de algodão com defeito”.
A descoberta do material causou temor no Polo de Confecções do Agreste, o segundo do país, com uma produção anual de 1 bilhão de peças e faturamento de R$ 3,3 bilhões. Hoje, o estado responde por 15% do mercado brasileiro de vestuário. A meta é aumentar a participação para 20% até 2023.

Fonte: Pernambuco.com

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