O reaparelhamento das Forças Armadas e o investimento em capacitação
e salários para os militares avançaram ontem com publicação de portaria
do Ministério da Defesa no “Diário Oficial da União. Texto cria grupo
de trabalho para elaborar ações que coloquem em prática a Estratégia
Nacional de Defesa (END) e o Plano de Articulação e Equipamentos de
Defesa (Paed). As ações serão divididas em três períodos: 2012 a 2015;
2016 a 2023; e 2024 a 2031.
Além da modernização dos equipamentos — que incluem de fuzil e
colete balístico até a compra de caças, passando por carros de combate e
submarinos —, tendo como pré-requisito a transferência de tecnologia,
a END prevê alto investimento em recursos humanos. O objetivo é atrair
profissionais cada vez mais capacitados e garantir a permanência de quem
está nas Forças.
A perda de ‘cabeças’ para a iniciativa privada é reclamação
antiga e cada vez mais frequente. Militares de alta patente comentam que
a indústria, em especial de Defesa, leva muitos dos melhores homens
depois que eles adquiriram conhecimento e treinamento. Para conter o êxodo, a saída é aumentar os salários.
A presidenta Dilma Rousseff declarou, durante
solenidade militar, que considera “fundamental” o investimento nas
Forças Armadas para garantir a soberania e ganhar posição no cenário
internacional. “O país com o qual sonhamos precisará cada vez mais de
Forças Armadas equipadas e qualificadas para o cumprimento de suas
atribuições. Um país que pretende ter dimensão internacional tem que ter
nas Forças Armadas um exemplo da sua capacidade e da sua competência.”
“Uma política de defesa assertiva é necessária ao desenvolvimento
econômico e também a uma política externa soberana. Para construir uma
grande nação é fundamental dispor de capacidade na defesa dos
interesses, pelos mais diversos meios”, disse.
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